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Professora que mandou matar marido recebe pensão do INSS como viúva

O empresário deixou dois filhos adolescentes e uma pensão de R$ 500 mil

Mesmo depois de ser condenada pela morte do marido, a professora Eliana Freitas Areco Barreto continua recebendo mensalmente uma pensão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pela morte do empresário Luiz Eduardo de Almeida Barreto. O homicídio, ocorrido em junho de 2015 nas proximidades da Avenida Berrini, zona sul de São Paulo, foi planejado por Eliana em conjunto com o amante.

Em comunicado oficial, o INSS esclareceu que quando a professora começou a receber o benefício, ainda não existia impedimento legal para casos como este. A decisão só passou a vigorar a partir da Lei nº 13.846, de 2019, quatro anos após o crime. O instituto informou que encaminhará o caso à Procuradoria Federal Especializada para análise da possibilidade de suspensão do benefício.

Em seu depoimento à Justiça, Eliana apresentou uma justificativa surpreendente para o crime, alegando que “não queria que ele [Luiz] sofresse com a separação”. Para concretizar o plano, ela fez um empréstimo bancário de R$ 7 mil e transferiu o valor para o amante, que contratou um assassino por R$ 5 mil para executar o crime.

Na tarde de 1º de junho de 2015, Luiz caminhava com um amigo quando foi abordado pelo executor, que se passou por assaltante. Após dispensar o acompanhante da vítima, o criminoso efetuou três tiros contra o empresário, que morreu instantaneamente.

O empresário deixou dois filhos adolescentes e uma pensão de R$ 500 mil, que seria utilizada pelo casal criminoso para abrir uma loja no interior paulista. Após a conclusão das investigações, os três envolvidos foram condenados pela Justiça, com Eliana recebendo inicialmente uma pena de 24 anos de prisão, posteriormente reduzida para 22 anos após recurso da defesa.

Em março de 2024, a professora progrediu para o regime semiaberto na Penitenciária Feminina de Tremembé. Mais recentemente, em fevereiro deste ano, a Justiça autorizou que ela frequentasse um curso superior de Enfermagem na Faculdade Anhanguera de Taubaté, com a condição de manter bom aproveitamento acadêmico e frequência regular.

Para realizar seus estudos, Eliana possui autorização para deixar a prisão nos dias letivos, de segunda a sexta-feira, entre 17h e 23h50, com a restrição de não frequentar locais incompatíveis com o ambiente acadêmico. O Ministério Público de São Paulo não se opôs à medida, considerando que a educação contribui para o processo de ressocialização da condenada.

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