Chega ao fim busca por jornalista desaparecida e polícia faz revelação

Sumiço da mulher havia sido confirmado por uma amiga.
A jornalista britânica Charlotte Alice Peet, de 32 anos, que estava desaparecida desde 8 de fevereiro, foi encontrada em um albergue no Rio de Janeiro. A Polícia Civil do Rio confirmou quinta-feira que o desaparecimento desta foi voluntário, descartando qualquer situação de risco envolvendo a mulher.
O caso começou quando Charlotte, que inicialmente estava em São Paulo, decidiu viajar para o Rio de Janeiro sem avisar familiares, comunicando apenas uma amiga. A falta de contato preocupou amigos e parentes, que acionaram as autoridades após perderem comunicação com um jornalista por vários dias.
Uma amiga norte-americana residente no Rio foi quem formalizou o desaparecimento junto à polícia. Ela relatou que recebeu mensagem da Grã-Bretanha no dia 8, informando sua intenção de viajar ao Rio e solicitando hospedagem. A americana explicou que não poderia acomodá-la por falta de espaço, e a comunicação entre elas cessou.
A investigação ficou inicialmente a cargo da polícia paulista, já que não havia certeza se Charlotte havia saído de São Paulo. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa comprovou que um jornalista embarcou em um ônibus no Terminal Rodoviário do Tietê com destino ao Rio de Janeiro.
Com essa confirmação, o caso foi transferido para a Polícia Civil fluminense. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros apurou que Charlotte chegou ao Rio na noite do dia 8 e se hospedou em um hostel em Copacabana, onde noites até o dia 17, tendo inclusive visitado a praia do Leme durante sua estadia.
Após deixar o hostel de Copacabana, o jornalista se transferiu para outro estabelecimento em Botafogo, onde ficou por sete dias até a última segunda-feira. Na saída, utilizou seu próprio cartão de crédito para efetuar o pagamento, demonstrando a transferência financeira normal.
As autoridades verificaram que Charlotte possui dois aparelhos celulares, um com número brasileiro e outro inglês, ambos funcionando normalmente. Contudo, o número brasileiro está configurado para não receber chamadas, o que dificultou o contato com ela.
Diante das evidências coletadas, o pesquisador concluiu que a britânica optou voluntariamente por interromper a comunicação com familiares e amigos. A legislação brasileira não considera crime ou desaparecimento voluntário de adultos, respeitando a autonomia individual.
Como Charlotte tem mais de 18 anos, caso seja formalmente encontrada, a família será notificada sobre seu bem-estar, mas não receberá informações sobre sua localização exata, garantindo seu direito à privacidade conforme determinado pela lei brasileira.