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Qual é a possibilidade de Trump conseguir ajudar Bolsonaro após denúncia feita pela PRG; ex-presidente é acusado de golpe

Trump pode interferir nas denúncias contra Bolsonaro? Mais detalhes.

Desde a vitória de Donald Trump no ano passado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) veem no retorno do ex-presidente dos Estados Unidos uma possível influência positiva sobre o processo em que Bolsonaro é investigado e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além disso, há esperanças de que Trump possa interferir na questão da inelegibilidade do ex-presidente brasileiro. No entanto, especialistas consultados afirmam que, do ponto de vista jurídico, Trump não tem poder para ajudar Bolsonaro.

Como o processo está no Supremo Tribunal Federal (STF), ele deve ser encerrado na própria corte. Além disso, não há processos nos Estados Unidos nos quais o governo norte-americano deva se manifestar.

“Vejo com dificuldade uma interferência direta dos Estados Unidos no Poder Judiciário brasileiro”, explica Lucas Carlos Lima, professor de direito internacional da UFMG.

A cientista política Luciana Santana, professora da UFAL, aponta que, caso fosse uma ação movida pelo governo federal brasileiro, poderia haver retaliações políticas por parte de Trump. No entanto, como se trata de um julgamento no STF, a influência do ex-presidente dos EUA seria mínima.

Apesar disso, Trump poderia usar sua posição para pressionar o governo brasileiro e até mesmo ministros do Supremo, segundo Rafael Mafei, professor da USP e da ESPM.

Lideranças políticas alinhadas a Bolsonaro também podem contar com apoio externo. Durante a posse de Trump, em janeiro, deputados e senadores bolsonaristas marcaram presença, reforçando laços com a direita norte-americana.

Entretanto, Mafei avalia que o ex-presidente dos EUA pode não querer se envolver diretamente. De acordo com o docente, ele já estaria procurando brigas com países mais relevantes para o seu interesse.

Outra alternativa para Bolsonaro seria acionar órgãos internacionais, estratégia já utilizada por Lula durante a Operação Lava Jato.

Segundo Lima, essa opção exige que o ex-presidente comprove que a Justiça brasileira falhou em garantir seus direitos e que ele sofreu violações evidentes.

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