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Após ser denunciado pelo PGR, Bolsonaro teria feito reunião com aliados sobre tomar decisão drástica, segundo colunista

Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciadas pelo PGR por tentativa de golpe de Estado.

Durante um encontro realizado na manhã desta quarta-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com aliados sobre as possíveis consequências do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação é da coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, e assinada pelo jornalista Gustavo Zucchi. O ex-presidente destacou a possibilidade de tomar uma decisão drástica como fugir do Brasil antes de uma eventual condenação.

Segundo relatos de participantes da reunião, sua fala foi breve e direta. Ele voltou a reforçar sua inocência, argumentando que, caso tivesse cometido qualquer irregularidade, já teria buscado asilo em países como Argentina ou Estados Unidos.

Apesar de mencionar a possibilidade de sair do país, Bolsonaro assegurou que não pretende fugir e que continuará a se defender perante o STF. Ele enfatizou que sempre atuou dentro dos limites constitucionais, ainda que algumas de suas posições tenham causado descontentamento entre aliados.

Para apoiadores do ex-presidente, a denúncia apresentada contra ele seria parte de um processo tendencioso, no qual o desfecho já estaria definido. A expectativa entre bolsonaristas é que a Primeira Turma do STF, responsável por julgar o caso, condene Bolsonaro independentemente de sua defesa.

No encontro, o ex-presidente também fez pedidos específicos aos seus aliados. O principal deles foi para que concentrem suas atenções e esforços na manifestação marcada para o dia 16 de março no Rio de Janeiro, ao invés de dividirem forças em atos realizados em outras cidades.

Além disso, Bolsonaro solicitou que os discursos durante a mobilização na orla de Copacabana não se concentrem em ataques diretos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A orientação foi priorizar a defesa do projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, evitando que a manifestação se desvie desse objetivo principal. A reunião ocorreu em um apartamento funcional em Brasília, pertencente ao deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara.

O encontro reuniu diversos parlamentares e ocorreu um dia depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter encaminhado ao STF a denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas no âmbito do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe.

A movimentação política de Bolsonaro e de seus aliados acontece em um momento de intensa pressão jurídica e política. Enquanto busca demonstrar resistência e reafirmar sua inocência.

Diante da grave denúncia, o ex-presidente tenta mobilizar sua base de apoio para fortalecer a narrativa de perseguição e manter sua relevância no cenário político. O desenrolar do inquérito e as decisões do STF serão determinantes para os próximos passos de Bolsonaro e de sua estratégia de defesa.

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